Dir-nos-ão os mais pretensiosos que o verdadeiro vinho deve vir em garrafas.
Não acreditamos. O vidro (e muito menos a rolha) não conferem nenhum valor acrescentado ao vinho. Além disso, o garrafão sempre foi melhor que a garrafa, sobretudo se pensarmos em termos de portabilidade/ logística (ver foto).
Mas, o grande problema do garrafão era que era preciso beber rapidamente cinco litros de vinho (é verdade que os nossos avós paternos e maternos bebiam um garrafão de cinco litros numa tarde de trabalho nas hortaliças. Mas os nossos genes, já acostumados ao teclado e não à enxada, já não têm a resistência dos nossos antepassados).
O que acontecia com o garrafão, era que o vinho tinha que ser bebido rapidamente em consequência do conhecido fenómeno da oxidação.
Ora, com estes pacotes o vinho até oxida menos do que na garrafa.
Pode-se beber cinco litros numa tarde ou numa semana que o vinho nunca se oxida graças ao sistema de vácuo que impede a entrada de ar. Cada vez que a torneira destes pipinhos é aberta, o vinho vem como se uma garrafa tivesse acabado de ser aberta nesse momento.
A mãe do autor deste texto que copiámos sem escrúpulos algures de um blog, dizia que sabia quantos copos de vinho o avô bebia porque ouvia, quando era miúda e estava a fazer os trabalhos da escola, na adega por baixo da sala, a torneira do pipo a funcionar.
Cada vez que escutava a torneira chiar era mais um copo goela abaixo.
Podia assim calcular com relativa precisão o grau de alcoolémia do pai quando chegava para jantar.
Modernamente, hoje estamos a salvo dessas técnicas de espionagem e mal-dizer, pois as torneiras destes pipinhos não chiam.
Por outro lado, há que chiar fininho porque está aí o Novo Plano de Prevenção Rodoviária que exige que a carga seja transportada com jeitinho. Ninguém faz isto com pacotes, não é verdade?
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