terça-feira, 21 de outubro de 2008

O avesso e o direito



O Avesso e o Direito é o primeiro livro de Albert Camus. Foi publicado ainda na Argélia, em 1937, com a tiragem muito discreta de 350 exemplares. Só em 1958, quando o autor já se tinha tornado uma celebridade, é que o livro seria reeditado, desta vez em França. E contudo, este livro impregna toda a restante obra de Camus. Estão aqui presentes o fascínio da luz e da felicidade, as primeiras suspeitas do absurdo («toda a absurda simplicidade do mundo»), os temas do silêncio, da mãe, da indiferença mas também do amor, que irão perpassar ao longo de todos os seus outros romances, e também de muitas das suas reflexões. A presente edição inclui também o Discurso que Camus proferiu em Dezembro de 1957, em Estocolmo, durante a cerimónia em que lhe foi entregue o prémio Nobel de literatura. É um texto que resume bem a sua concepção do ofício de escritor: este «não pode hoje pôr-se ao serviço daqueles que fazem a história; tem antes de servir aqueles que a sofrem.»
"Constatar o absurdo da vida não pode ser um fim, mas apenas um começo"
«Você sabe o que é o encanto? é ouvir um sim como resposta sem ter perguntado nada.»
«Os tristes têm duas razões para o ser: ignoram ou esperam»
“Eu amo a vida, eis a minha verdadeira fraqueza. Amo-a tanto,que não tenho nenhuma imaginação para o que não for vida.”
"Não há amor generoso senão aquele que se sabe ao mesmo tempo passageiro e singular"
«Um grande escritor sempre traz consigo o seu mundo e a sua prédica»
“Um destino não é uma punição.”
“Não há destino que não se transcenda pelo desprezo.”
“Há gente que é feita para viver e gente que é feita para amar.”
“O que é, com efeito, o homem absurdo? Aquele que, sem o negar, nada faz pelo eterno”.
A safadita foi abordada por Sam em Aljezur. Disse entredentes que não era árabe mas cristão-nova.

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