Não resistimos também a transcrever um comentário de um anónimo a uma das notícias sobre o epílogo desta triste história, em que, como sempre, a culpa e a responsabilidade morreram solteiras:
"um menino que se perde, um jovem cidadão, é uma perda irreparável; um menino que se suicida por excesso de stress, por não aguentar mais a tortura permanente em que vive, é uma denúncia sinistra "disto" onde vivemos, é uma bofetada imensa na cara de todos nós, que deixamos e abandonamos à sua sorte o melhor que temos ! mas nós que aqui opinamos, ainda temos sensibilidade para opinar : o resto, o porteiro, os professores, o director da escola , o presidente da câmara, o ministério e a ministra, (nem falemos da justiça ) foram o que é habitual aqui : uns pulhas ordinários, uns apparatchiks do regime, todos especialistas em varrer para baixo do tapete e camuflar e baralhar as pistas!
Nem uma excepção, uma única que fosse, uma vergonha inqualificável que muito sublinha isto: se o menino fosse de lisboa, de uma escola conhecida, se os pais não fosse pessoas simples e soubessem falar, e tivessem um advogado em voga seria bem diferente ! assim, sendo um mero nativo das terras longínquas, semi-gente para o nosso regime, ....a culpa foi do menino.... e arquive-se o caso ! quanto mais fraco é um regime, mais tirânica é a sua burocracia!"
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