Poder-se-ia dizer que era um ficcionista de vão de escada, um entrevistador do acaso em prol dos seus escofiados escritos sobre cromos humanos com um não sei quê de autenticidade libertadora. Desde o palhaço das mil viagens, ao recente Mental Lumumba passando pelo inenarrável cameraman alucinado até à tia Bonanza e ao homeless de luxo tudo lhe vinha parar ao universo como que dominado pelo seu hipnótico poder de atracção. O pior de tudo era dar seguimento a tantas solicitações. Aos domingos reatava as suas pesquisas e ao crepúsculo escrevia um opúsculo. Desta feita comprou um livrito de como fazer hamburgueres vegetarianos em cirilico.
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