domingo, 31 de agosto de 2008

Rerum Novarum





A sede de inovações, que há muito tempo se apoderou das sociedades e as tem numa agitação febril, devia, tarde ou cedo, passar das regiões da política para a esfera vizinha da economia social. Efectivamente, os progressos incessantes da indústria, os novos caminhos em que entraram as artes, a alteração das relações entre os operários e os patrões, a influência da riqueza nas mãos dum pequeno número ao lado da indigência da multidão, a opinião enfim mais avantajada que os operários formam de si mesmos e a sua união mais compacta, tudo isto, sem falar da corrupção dos costumes, deu em resultado final um temível conflito.
Por toda a parte, os espíritos estão apreensivos e numa ansiedade expectante, o que por si só basta para mostrar quantos e quão graves interesses estão em jogo. Esta situação preocupa e põe ao mesmo tempo em exercício o génio dos doutos, a prudência dos sábios, as deliberações das reuniões populares, a perspicácia dos legisladores e os conselhos dos governantes, e não há, presentemente, outra causa que impressione com tanta veemência o espírito humano.

A Norte



Sem sorte e um desnorte sibilino atacou malino as fibras do destino.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Vota PS - Partido dos Sumos naturais!




Não há creches, mas há mercedes e novo-riquismo.


Não há empregos, mas há recibos verdes e impostos para o IVA e Segurança Social.


Não há ensino para adultos, mas há a subserviência dos criados das novelas da TVI.


Dos 308 municípios de Portugal, 22 detém 60% do poder de compra do país.

Que importa?

Não nos perguntarmos, como nação, donde provém o atraso e suas consequências.

Vestimos a camisola da hipocrísia e ignorância e vamos dar o voto ao sistema bipolar.

Vota um ou vota outro, o resultado é o mesmo.

Vou ali beber um sumo natural venho já.

De nihilo nihil






"Nada surge do nada?"

Pouco ou nada se sabe da vida de Titus Lucretius Carus.

Sabe-se que escreveu o poema De rerum natura (Sobre a natureza das coisas).

Propôs o epicurismo, a chave que poderia desvendar os segredos do universo e garantir a felicidade humana.

Claro, Lucrécio suicidou-se e consta que o seu poema foi escrito em intervalos de ataques de loucura...

(e para ajudar a salada de idéias, vale a pena adicionar o que disse Sartre "A morte é o vácuo. Na mais mísera existência, ainda resta a esperança”, o que parece ficar aqui tão bem como as natas no bacalhau...)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Catch 22




You can’t get a job without experience, but you can’t get experience unless you have a job.

Colheita long run





Estas en passant lá se põem a jeito prá foto da máquina ressuscitada, mas tantas outras lindas que se esgueiram ao canto do olho, tantos outros figurões nos seus garbosos trajectos, nas suas variegadas caixas especiais com produtos ou ferramentas do trabalho, as suas caras impossíveis, as vidas incríveis, as vozes. O cheiro é coisa que não conta.

Lost oh looser...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Prata da casa (Empreendimento Bicéfalo)




Passo tanto tempo fora, que me esqueço que aqui também temos disto.

A prata da casa - nem sempre reluz, mas às vezes é ouro.

Ora aqui vão os primeiros achados em tempos de férias, de mudar fraldas e nada de ir à praia.

Cacete.

Faro, (não) viver a ria


«Faro, viver a Ria» é o tema do 1º Concurso de Arte Fotográfica do Município de Faro, que se destina a todos os fotógrafos do concelho ou visitantes residentes em Portugal.

Vivo em Faro há 13 anos.

Para mim, tal como para milhares de outras pessoas que aqui habitam, infelizmente, a ria pouco é mais do que aquela paisagem fantástica em tons de azul que se vê do cimo de alguns prédios da cidade, mas que é impossível alcançar.

Por isso, pergunto-me. Quem, afinal, é que vive a ria em Faro?

Será a meia dúzia de nómadas que se instalaram no triste "passeio ribeirinho", um carreiro abandonado atrás dos supermercados e Akis, que mais não passa de um amontoado de lixo e serve de morada a famílias "étnicas" cujos cães mordem quem quer que se aproxime ao mesmo tempo que as suas proles atiram pedras?

Será uma minoria de pessoas com possibilidades para dispor de uma embarcação de recreio privada (0,000000001% da população farenses) na doca?

Serão os jovens e outros ciclistas doidos o suficiente para pedalar ao largo de estradas onde o preço pela paisagem paga-se muitas vezes com a vida?

Serão as pessoas que para disfrutarem da ria e terem algum lazer a pé, se aventuram em caminhos privados onde há sinais a dizer que não são bem-vindos?

Será o POLIS, futuro fracasso e caldeirão de fiascos que se avizinha, como aliás acontece por todo o Portugal, um país de pedantes, oportunistas gananciosos, prepotentes e corruptos que não sabem o que é trabalhar para a comunidade - que é na verdade é uma imensa mole de desgraçados e coitadinhos?

Ou serão os empreeiteiros que todos os dias fazem discargas ilegais de entulho das obras atrás do aeroporto?

Viva Faro, viver a Ria. De preferência ao longe...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Sargento Zundapp




www.myspace.com/banrezes Isto é Sargento Zundapp!


Quando a sorte não penetra duas do SZ caté ferve.

domingo, 17 de agosto de 2008

neo algarvian gothic II










Por outro lado, o "gótico algarvio" é uma espécie de espaço público sob o domínio de uma aristocracia idiologicamente rural, divisões agudas de classe (etária), onde a eclosão das diferenças são tornadas mais evidentes pela proximidade que a região pequena proporciona, tal como a falta de perspectivas pessoais de crescimento ou de comportamentos diferenciados. Embora sejam universais as implicações conclusivas, os autores que se debruçam sobre o "gótico algarvio" tendem a serem vistos como subversivos por comunicarem um certo sentido generalizado de atraso.

neo algarvian gothic





O "Gótico Americano" (1930), de Grant Wood, é uma obra típica de um movimento conhecido como regionalismo, cujo objetivo era valorizar o tipicamente americano, usando um estilo que evitasse qualquer referência ao modernismo europeu. Para outros artistas norte-americanos, os arroubos regionalistas somente poderiam prejudicar.

O "Gótico Algarvio" não é uma obra, mas sim um estado de espírito, cujo objectivo de mudança ficou decaptiado pelo falhanço do regionalismo, no qual não se valoriza o tipícamente algarvio, usando um estilo que evita qualquer referência à Europa moderna. Para muitos, os arroubos regionalistas somento poderiam prejudicar.

sábado, 9 de agosto de 2008

Non plus ultra

« Demain, dès l’aube, à l’heure où blanchit la campagne... »,

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Meu telhado de vidro






Minha Sopa da Pedra II


Confraria da Gastronomia do Ribatejo
Ingredientes:
500 gr. de feijão encarnado
250 gr. de batatas
2 orelhas de porco
200 gr. de entrecosto
100 gr. de baço de porco
1/2 chouriço de carne
1/2 negro
1farinheira
1ramo de coentros
1 cebola
3 dentes de alho
cominhos q.b.
3 ramos de hortelã
sal q.b.
pimenta q.b.
cravinho q.b.
piripiri q.b.
Confecção:Salgar as carnes de porco com 48 horas de antecedência.Demolhar o feijão encarnado 4 horas antes da sua confecção.4 horas antes da confecção demolhar a carne para retirar o excesso de sal.Colocar as carnes, o chouriço, o negro, a farinheira e o feijão encarnado a cozer em lume brando.Verter um fio de azeite e adicionar o alho, o louro a cebola com cravinho.Adicionar as batatas cortadas em pequenos cubos.Retirar por ordem da cozedura a farinheira, o chouriço e o negro e por último as carnes.Temperar o caldo onde estão a cozer as batatas, o feijão com pimenta, sal, cominhos, piripiri e colorau.Cortar agora as carnes e adicionar a sopa.Na hora do empratamento colocar um raminho de hortelã.Manda a tradição colocar nesta sopa uma pedra.

Para os demónios talvez vidro moído.

It´s a frogs life



Jiang Musheng garante ter a receita infalível para evitar problemas intestinais. Há quatro décadas este chinês de 66 anos mantém o estranho hábito de engolir sapos vivos. Ele disse à agência Reuters que isso o deixou cada vez mais forte.
Musheng aprendeu o estranho hábito com Yang Dingcai um curandeiro da região onde morava que sugeriu a iguaria para curar tossos e dores de estômago. Depois de um mês com a dieta de saltitantes ele estava curado.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Mais oui c'est Sam Shunga



“Há figuinhos de capa rota. Quem quer figos, quem quer almoçar?”