segunda-feira, 20 de abril de 2009

Beja


Visitei Beja a semana passada.

Que dizer? Ruas desertas, lojas e restaurantes fechados.

A doce melancolia Virgiliana pareceu-me mais deprimente que nunca.

Parece que há no ar, uma espécie de maldição invisível e silênciosa mas que se sente nas entranhas e se reflecte no verde trágico e belo da planície.

Lá vi a Ovibeja, onde uma vez por ano, cabe todo o Alentejo deste mundo e as suas idiossincrasias (do tamanho do mundo).

Por um lado, a cidade definha a olhos vistos.

Por outro, surgem novos e luxuosos condomínios fechados para emparedar novos ricos, velhos latinfudiários, vira-casacas, oportunistas, caciques e todo um perpetuar de uma sina antiga que em 35 anos, pouco ou nada mudou.

Parece mentira que foi neste lugar sombrio e solarengo, de jornas e camaradas, de suícidios e vaidades, que aprendi a ler e a odiar matemática e o bater da régua de madeira que normalmente a acompanhava.

Regressar aqui não faz sentido nenhum e espero não voltar tão cedo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Como morador do condominio dito fechado que não o é, mais informo que aqui não moram personagens dessas por si criadas, apenas quegosta de morar num sitio diferente e confortávél. Afinal é para pagar isso que trabalho todos os dias.....

Anónimo disse...

Entao, bom trabalho para si e que possa pagar o seu conforto por muitos e bons anos. Ficamos contentes por saber que tem boa vizinhanca! Mas veja lá que moram novos ricos...